Na Semana Mundial de Imunização – 24 a 30/4 – infectologistas da Dasa alertam sobre os riscos de não imunizar as crianças contra infecções potencialmente graves, como o sarampo e a poliomielite
A queda da cobertura vacinal infantil vem sendo observada nos últimos anos no Brasil e também no mundo. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que, em 2021, a cobertura global estimada com três doses de vacina contra difteria-tétano-coqueluche e a primeira dose da vacina contra o sarampo diminuiu para 81%, o menor nível desde 2008. Isso significa que, globalmente, 25 milhões de crianças não foram vacinadas ou foram vacinadas de forma incompleta em 2021 contra essas doenças.
Foi também nesse ano que a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) alertou que o Brasil se tornou líder da lista de casos positivos de doenças evitáveis por vacinas nas Américas. No país, entre 2018 e 2021, a cobertura vacinal da Tríplice Viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) sofreu queda considerável, principalmente na aplicação da segunda dose: a cobertura da D1 passou de 92,6% em 2018 para 71,4% em 2021; já a D2 teve redução de 76,8%, em 2018, para 50%, em 2021.
Efeito dessa queda, o sarampo ressurgiu no Brasil em 2018. A doença havia sido considerada eliminada do país em 2016. As medidas instauradas, como campanha vacinal e a reintrodução da dose zero de tríplice viral aos 6 meses de idade, levaram a uma redução do número de casos, mas o sarampo ainda circula no país.
De acordo com a Dra. Maria Isabel de Moraes-Pinto, infectologista do Exame Medicina Diagnóstica – pertencente à Dasa, maior rede de saúde integrada do país –, a baixa cobertura vacinal em crianças traz riscos preocupantes. “As crianças ficam expostas a microrganismos causadores de infecções potencialmente graves que podem levar a sequelas permanentes”, alerta a especialista. Segundo a infectologista, essa queda se deve principalmente à diminuição da procura dos pais pelas vacinas, que por sua vez está relacionada à desinformação, à disseminação de notícias falsas acerca do tema e à hesitação vacinal.
Quais doenças podem ser evitadas com vacinação?
Algumas doenças que podem ser prevenidas com vacinação são poliomielite, tétano, meningite, coqueluche, sarampo, rubéola, gripe, febre amarela, difteria, hepatite B e, mais recentemente, a Covid-19. “Graças às vacinas, doenças graves como a poliomielite, difteria e o tétano neonatal foram controladas e a varíola erradicada, e outras dezenas podem ter o mesmo destino”, observa o Dr. Felipe Teixeira de Mello Freitas, infectologista da Maternidade Brasília, que também faz parte da Dasa.
Para reverter a tendência de queda na cobertura vacinal infantil, a Dra. Maria Isabel faz algumas recomendações: “É importante que os médicos, durante as consultas, abordem a vacinação; verifiquem se há atrasos na carteira de vacinação de crianças; orientem e proponham esquemas para a atualização vacinal infantil e de adolescentes, a exemplo da vacina de HPV a partir de 9 anos; incentivem a vacinação, reforçando a segurança e eficácia das vacinas disponíveis no Brasil”.
“As vacinas são seguras e eficazes. Antes de ser liberadas para uso na população, elas passam por pesquisas e testes rigorosos. Entender a segurança e a relevância dos imunizantes para a saúde individual e coletiva é fundamental para mantermos a cobertura vacinal necessária”, conclui o Dr. Felipe.
Conforme o calendário de vacinação infantil de 2022 e 2023, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomenda para crianças e adolescentes a aplicação das seguintes vacinas: BCG; Hepatite B; Rotavírus; Tríplice bacteriana (DTPw ou DTPa); Haemphilus influenzae tipo B; Poliomielite; Pneumocócicas conjugadas; Meningocócicas conjugadas ACWY ou C; Meningocócica B; Influenza (gripe); Febre amarela; Hepatite A; Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola); Varicela (catapora); HPV; Vacina tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa); Dengue; Covid-19.
No Exame Medicina Diagnóstica é possível obter as seguintes vacinas: Hepatite B infantil, Rotavírus, Tríplice bacteriana (DTPa), Poliomielite (vírus inativado), Pneumocócica conjugada 13-valente, Meningocócica conjugada ACWY, Meningocócica B, Influenza quadrivalente, Febre amarela, Hepatite A, Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), Varicela (catapora), Vacina tríplice bacteriana acelular do tipo adulto (dTpa), dengue e HPV nonavalente.
Para ser imunizado em uma das unidades vacinadoras do laboratório é simples: basta baixar o aplicativo Nav, se cadastrar e agendar na unidade mais próxima. Algumas dessas vacinas também são ofertadas pelo serviço Saúde Até Você, que vai aonde o paciente estiver sem taxa de deslocamento. Basta agendar o atendimento e verificar a disponibilidade da vacina pelo link: https://www.examedomiciliar.com.br/