Cólicas no bebê: o que devo fazer?

 

Foto Willian Fortuna

Cólicas no bebê: o que devo fazer?


As cólicas podem ter várias causas diferentes. Compreender esses gatilhos é um passo importante para diminuir a frequência desses quadros


Não há nada mais normal na rotina dos bebês do que as crises de choro. Para os pais, elas são motivo de desespero e dúvida, afinal, como diferenciar cólica de bebê, de fralda suja? A pediatra da Maternidade Brasília Sandi Sato dá algumas dicas que vão ajudar a descobrir se é cólica ou não, e a trazer alívio para essa fase da infância.

 

As cólicas nos primeiros meses de vida são muito comuns e estão associadas a vários fatores. Elas podem significar imaturidade gastrointestinal ou do sistema nervoso, intolerância a algum alimento ou até mesmo questões externas. Trata-se de um processo natural do desenvolvimento da criança, sem maiores agravantes. Essa etapa exigirá apenas cuidado e paciência. Vale lembrar que as cólicas em bebês são autolimitadas, ou seja, passam logo, logo, com o crescimento da criança.

 

Como saber se o bebê está com cólica?

Essa é uma dúvida comum que deixa as famílias desnorteadas, mas que encontra boas respostas tendo a observação como uma aliada. O choro é o principal recurso linguístico dos bebês, é a forma com que eles se comunicam, como mostram que algo de errado está acontecendo.  Portanto, choro intenso é, sim, um alerta vermelho, mas é preciso traduzi-lo. Um bebê com cólica costuma chorar muito, mas o bebê com fralda suja também, assim como com fome ou frio. Dessa forma, essas outras pequenas causas devem ser descartadas antes de diagnosticar a cólica. Se mesmo assim o choro persistir, talvez seja a hora de consultar um médico ou colocar em prática algumas dicas. 


O que causa cólica nos recém-nascidos?

Identificada a doença, o próximo passo é investigar o que agrava o sintoma em cada bebê. É exatamente aqui que o pediatra é tão fundamental. Afinal, a dor causada pela cólica não tem nada de anormal, mas alguns fatores a acentuam. Nesses casos, é provável que uma pequena mudança na rotina alimentar da criança ou da mãe traga mais conforto para a fase.


As cólicas do lactante acontecem tanto para os bebês que se alimentam de leite materno quanto para aqueles que já iniciaram a alimentação na mamadeira. No entanto, algumas fórmulas causam quase que o dobro do risco de cólicas, o que exige cuidado redobrado. Desse modo, evite iniciar qualquer fórmula ou alimentação sem instruções adequadas e acompanhe o tempo de adaptação. Pode acontecer também, embora mais raro, de o leite materno conter substâncias que não fazem bem ao bebê. Caso isso ocorra, é provável que a orientação médica seja uma dieta específica para as mães durante a amamentação.

 

Dicas de como aliviar cólica de bebê

     Segure o bebê no colo e coloque-o de barriga sobre a barriga da mãe. O contato direto e aproximado tranquiliza a criança, reduzindo a sensação de dor. 

     Enrole o bebê em uma manta ou um cobertor e mantenha-o bem aquecido.

     Faça a posição de cócoras na horizontal. Para isso, basta flexionar as coxas do bebê contra sua barriga, com calma e leveza, similar a uma massagem.

     Dê banho morno ou faça compressas de água quente na barriga também ajudam bastante.

     Evite locais barulhentos ou repletos de estímulos como luz ou pessoas.

     Não utilize nenhum medicamento, chás ou substâncias que não tenham sido prescritos pelo pediatra como adequados para cólica de bebê.


Massagem

Massagear o abdome do neném é muito simples e benéfico, já que não só reduz a dor como acalma a criança. Há alguns movimentos que favorecem as atividades intestinais. Experimente mover os dedos no sentido horário ao redor do umbigo do bebê; faça isso com suavidade e uma leve pressão. 

 

Banho de ofurô

Parece chique, não é mesmo? Porém, a prática é muito simples e pode ser um momento de cuidado e carinho com o bebê. Basta imergir a criança, até os ombros, em água morna; pode ser feito em uma banheira ou balde. A ideia é que o bebê fique seguro na posição e consiga relaxar. A teoria dessa prática é criar um ambiente semelhante ao útero da mãe, sensação que os bebês adoram.

 

Jamais esqueça

Cólicas em recém-nascidos são passageiras. Assim, procure ter paciência e não recorra a medicamentos não indicados pelo médico nem às chupetas. Essas práticas podem ser muito prejudiciais à criança.

 


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