Abertura ao esporte e lazer aos domingos e feriados é uma das ações do GDF de revitalização da avenida comercial mais tradicional de Brasília
O cruzamento entre as quadras 506/706 e 507/707 da W3 Sul passa a ser aberto ao trânsito de veículos a partir deste domingo (25), dia de funcionamento do Viva W3. A medida tomada pelo Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Governo e do Departamento de Trânsito (Detran), permitirá o acesso das quadras superiores da Asa Sul às 300 e 100, sem bloquear o funcionamento da via voltada à prática de esporte e lazer aos domingos e feriados.
A interrupção do trânsito de veículos entre as quadras 503/703 e 515/915 Sul – e o desvio das rotas do transporte coletivo para as vias W4 e W5 Sul, das 6h às 17h – foi uma medida destinada a abrir mais um espaço de recreação para a população durante a pandemia.
“O projeto, desde o início, foi construído com a participação de toda a comunidade. Foi uma experiência e, assim como as experiências, está sujeita a ajustes quando se mostram necessários atendendo as mudanças de cenários”, explica a secretária executiva de Políticas Públicas da Secretaria de Governo, Meire Mota.
Segurança
Para garantir a segurança de quem transitar pela via, o Detran prepara uma campanha educativa com servidores da Diretoria de Educação do órgão e reforça o efetivo no cruzamento onde o trânsito de veículos será liberado a partir de domingo. Painéis luminosos de mensagem indicando a interrupção do fluxo para a passagem de carros e motos também serão instalados. A travessia dos pedestres e ciclistas será restrita a apenas uma das pistas. “Os veículos, a gente consegue controlar só com os semáforos; já as pessoas, nesse caso, nos exigirão mais atenção”, explica o diretor de policiamento e fiscalização de trânsito do Detran, Luciano Lahm.
Na tarde desta quarta-feira (21), representantes do governo reuniram-se com representantes do setor produtivo do DF para discutir e receber sugestões no projeto de revitalização da W3 Sul. Participaram os presidentes do Sindivarejista, Edson de Castro; do Sindisuper, Gilmar Pereira; do Sindhobar, Jael Antônio da Silva; da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), José Carlos Magalhães Pinto; e da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal (Fecomércio-DF), Francisco Maia.
Segundo o presidente da CDL-DF, José Carlos Magalhães Pinto, a revitalização da W3 é um pleito antigo de comerciantes e lojistas da região e que só agora passa a ser atendido pelo governo. Para ele, o GDF vem se mostrando receptivo às demandas dos comerciantes que pediam a recuperação da via e agora apostam na abertura de um dos cruzamentos como facilitador do acesso de clientes aos bares, restaurantes e supermercados das quadras 100 e 300.
“Vemos com bons olhos o interesse do governo em nos ouvir, pois faz a economia voltar a girar. A retomada do nosso faturamento reflete na geração de empregos e maior arrecadação de impostos, o que faz com que todos saiam ganhando na cidade”, defende Magalhães Pinto. “Essa abertura já é importantíssima porque atende o acesso às quadras 300 e nos garante prosseguir com o processo de revitalização da W3”, complementa Francisco Maia.
Mais lazer ”
O Viva W3 foi lançado em junho deste ano e, entre outras ações do GDF, faz parte do projeto de revitalização da mais tradicional avenida comercial de Brasília. Surgiu também como uma opção de lazer gratuita e ao ar livre quando o Parque da Cidade D. Sarah Kubitschek ainda estava fechado e só o Eixão do Lazer passou a ser liberado. Parte da avenida já passou por obras de restauração e todo o restante já teve o projeto de reforma licitado e aprovado.
A aprovação popular ao Viva W3 é grande, principalmente por moradores das quadras 700, com idosos e crianças, que se mantinham em isolamento social e não saiam de casa para evitar aglomerações. A redução do barulho do trânsito de veículos durante o dia do projeto de lazer também foi comemorada.
“A abertura do cruzamento pode ser importante para neutralizar a resistência de quem queria atravessar a avenida de carro para ir a uma farmácia, por exemplo, mas precisava ir até as pontas da 703 ou 715 para fazê-lo”, afirma o presidente do Conselho Comunitário da Asa Sul, José Daldegan.